De acordo com o especialista Alex Nabuco dos Santos, o mercado de imóveis corporativos está vivenciando um período de intensa transformação e crescimento. Impulsionado por novas demandas logísticas e pelo resgate da relevância dos escritórios físicos, o setor, que engloba escritórios e galpões, entram em uma nova fase de expansão no Brasil. Este boom não é apenas um ciclo de mercado; é uma reestruturação estratégica que atrai grandes volumes de capital. A resiliência do setor logístico e a repatriação gradual das equipes de trabalho para espaços premium são os pilares dessa retomada vigorosa.
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O fator logístico: galpões e a revolução do e-commerce
A aceleração do e-commerce e a necessidade de cadeias de suprimentos mais eficientes e próximas aos grandes centros consumidores mantiveram os galpões logísticos como o ativo imobiliário mais aquecido do país nos últimos anos. A demanda por áreas de estocagem de alta qualidade (Triple A) superou consistentemente a oferta, mantendo as taxas de vacância em patamares historicamente baixos nas regiões metropolitanas.
Essa alta procura não se limita apenas aos grandes centros de distribuição. Há um crescimento significativo no segmento de last mile (última milha), onde pequenos e médios galpões são essenciais para entregas rápidas. O investimento em tecnologia e automação nesses espaços é uma exigência que eleva o padrão dos ativos e, consequentemente, seu valor de locação e venda. Conforme explica o empresário Alex Nabuco dos Santos, a logística não é mais vista como um custo operacional, mas sim como uma vantagem competitiva, o que garante a sustentabilidade do boom de novos empreendimentos.
O novo ciclo dos escritórios: qualidade e experiência
O segmento de escritórios corporativos, que sofreu um impacto significativo com a pandemia e a ascensão do home office, agora mostra sinais claros de recuperação, mas com uma dinâmica diferente. As empresas estão buscando migrar para espaços de altíssima qualidade (classes A+ e AAA) em localizações estratégicas, mesmo que isso signifique reduzir o tamanho da área ocupada. A qualidade do edifício, a infraestrutura tecnológica e, principalmente, a experiência oferecida aos colaboradores são os novos critérios de escolha.
O chamado flight to quality (voo para a qualidade) reflete a busca por ambientes que justifiquem o retorno presencial, promovam a cultura corporativa e ajudem a atrair e reter talentos. Edifícios mais antigos e de menor padrão (classe B e C) enfrentam o desafio de uma alta vacância, criando uma polarização no mercado.

Fundos imobiliários (FIIs) e a atração de capital
O apetite dos Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs) tem sido um catalisador importante para o boom dos imóveis corporativos. Os FIIs têm investido pesadamente tanto em galpões logísticos quanto em edifícios de escritórios premium, oferecendo liquidez e acesso a esses ativos para o pequeno e médio investidor. A previsibilidade dos fluxos de aluguel e a segurança da correção inflacionária tornam esses ativos atraentes em um cenário de busca por diversificação.
Segundo o especialista Alex Nabuco dos Santos, a profissionalização da gestão imobiliária, muitas vezes realizada pelos gestores dos próprios FIIs, contribuiu para elevar o padrão de governança e compliance do setor. Isso é fundamental para atrair não apenas o capital local, mas também o investimento estrangeiro, que busca segurança e eficiência.
Quais são as tendências de design?
As novas gerações de imóveis corporativos são projetadas com flexibilidade em mente. Tanto nos escritórios quanto nos galpões, a capacidade de reconfigurar o espaço rapidamente para atender às necessidades do locatário é um diferencial. Nos escritórios, isso se manifesta em plantas abertas e áreas multiuso. Na logística, a modularidade e a possibilidade de expansão são cruciais.
Outro pilar de expansão é a sustentabilidade. A certificação LEED (Liderança em Energia e Design Ambiental) ou equivalente não é mais um luxo, mas uma necessidade. Edifícios verdes oferecem custos operacionais mais baixos (energia, água) e são preferidos por grandes multinacionais, que possuem metas globais de ESG (Ambiental, Social e Governança). Como indica o empresário Alex Nabuco dos Santos, a sustentabilidade impacta diretamente a taxa de ocupação e o valor do aluguel.
A continuidade da expansão qualificada
O boom dos imóveis corporativos é uma realidade impulsionada pela modernização da economia e pela exigência de ativos de alta qualidade. O mercado de escritórios e galpões não apenas se expande em volume, mas principalmente em qualidade e eficiência. Por fim, como aponta o especialista Alex Nabuco dos Santos, o futuro do setor será definido pela capacidade dos investidores de identificar e desenvolver projetos que atendam aos padrões internacionais de tecnologia, sustentabilidade e bem-estar, garantindo a solidez e o retorno do investimento a longo prazo.
Autor: Stanislav Melnikov